domingo, 24 de janeiro de 2016

PERITOS DO INSS VOLTAM AO TRABALHO NA SEGUNDA-FEIRA, MAS MANTÊM ESTADO DE GREVE

FONTE: Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial de 27,5% e melhores condições de trabalho (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Mais de 1,3 milhão de perícias deixaram de ser feitas no período da greve Arquivo/Agência Brasil
Após mais de quatro meses em greve, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (25). A greve começou no dia 4 de setembro do ano passado.
 
O presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Francisco Eduardo Cardoso, informou que será mantido o estado de greve e que os profissionais farão apenas o atendimento àqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Segundo Cardoso, não estão descartadas novas paralisações. A greve dos médicos peritos foi iniciada o dia 4 de setembro do ano passado.
 
“Só vamos fazer atendimentos emergenciais dos que não passaram pelas perícias. As perícias já dadas, casos de acidente de trabalho, aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez – qualquer um desses serviços vai continuar paralisado. O foco é o atendimento inicial do auxílio-doença. Quem tiver perícia de prorrogação, nem adianta aparecer porque não vai ser atendido”, disse o médico. Segundo Cardoso, o atendimento não será normalizado enquanto não houver avanço nas negociações com o governo.
 
A decisão de retornar ao trabalho foi tomada em assembleia geral extraordinária da categoria no último dia 16, conforme registra nota da ANMP divulgada à imprensa. “Os peritos médicos do INSS irão retornar aos postos de trabalho, em estado de greve, para manter apenas o atendimento essencial, ou seja, aqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Os segurados que já se encontram amparados pelo benefício previdenciário têm seus direitos mantidos e deverão continuar recebendo”, diz o texto.
Em nota divulgada hoje, o instituto diz que o retorno dos peritos ao trabalho “permitirá ao INSS envidar esforços para uma rápida e completa regularização do atendimento à população, reduzindo o tempo de espera pela perícia médica e agilizando a conclusão dos processos represados”. Além disso, o INSS informa que os direitos dos segurados e os efeitos financeiros dos benefícios concedidos retroagem à primeira dada agendada, mesmo que a perícia médica tenha sido remarcada durante a paralisação.
Conforme estimativa divulgada pelo INSS no início deste mês, mais de 1,3 milhão de perícias deixaram de ser feitas desde o começo da greve.
Entre as reivindicações dos profissionais está o aumento salarial de 27,5%, em no máximo duas parcelas anuais, a efetivação em lei da redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica, com retorno da exclusividade da carreira médica pericial.
Em nota divulgada no início do mês, o Ministério do Planejamento informou que o governo apresentou, em ofício enviado à Associação dos Médicos Peritos no dia 8 de dezembro, proposta que abrange a maioria dos pontos exigidos na mesa de negociação. De acordo com o ministério, os termos do acordo encaminhado aos peritos médicos incluem os mesmos itens oferecidos às demais categorias do funcionalismo, como reajuste de 10,8%, a ser pago em duas vezes, e reajuste dos benefícios sociais.
Edição: Nádia Franco

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

SÃO CRISTOVÃO NÃO DEVOLVERÁ DINHEIRO DO IPTU

Lei é revogada e prefeitura corrige tabela de valores

Prefeitura também reajuste tabela de valores de imóveis (Foto: Arquivo Portal Infonet)
A Prefeitura de São Cristóvão corrigiu a tabela de valores imobiliários para aplicar reajuste anual de 15% sobre o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) cobrado no ano de 2013 e não devolverá os recursos excedentes referentes ao imposto pagos pelos contribuintes no ano passado.
A confirmação é do advogado Daniel Costa, procurador geral do município. De acordo com o procurador geral, a decisão do Tribunal de Justiça, proibindo o reajuste que chegou a atingir a casa de 500% aplicado pela prefeitura, não tem efeito retroativo. “Quem pagou, pagou com base na alíquota que estava em vigor”, diz o procurador geral do município. “A decisão do tribunal não é retroativa, então não há possibilidade nenhuma de devolução”, ressaltou.

Após decisão do Tribunal de Justiça, a lei que autorizou a prefeitura a reajustar o imposto foi revogada, segundo o procurador geral. “Como a lei foi revogada a Ação Direta de Inconstitucionalidade perde efeito”, destacou o procurador. A decisão do Tribunal de Justiça se deu em medida liminar, sem decisão de mérito na ação judicial movida pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Correção
O procurador geral do município de São Cristovão informou que a correção da planta de valores foi motivada pela decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe em relação à ação semelhante, movida pelo PSB, contra o reajuste do IPTU de Aracaju. Nesta ação, os desembargadores, também em liminar, reconheceram a legitimidade do reajuste de 30%. Mas o mérito da ação ainda não foi julgado.

O índice de 30% será aplicado até o ano de 2022 em Aracaju, mas em São Cristovão a data limite para aplicação dos 15% não tem definição. Segundo o procurador geral, o tempo de vigor do reajuste vai variar de acordo com a defasagem do imóvel. “Tem imóvel avaliado em R$ 4 mil e com R$ 4 mil não se compra nem um celular, o iphone mais moderno custa mais que isso”, compara o procurador geral. “Então, tem imóveis que vai levar dez anos para a defasagem ser corrigida”, observa.
Por Cássia Santana

Abastecimento de água em povoado de São Cristóvão é interrompido

Motivo é realização de obras para ampliação de rede. Previsão é que abastecimento seja retomado até o próximo sábado.

 
O abastecimento de água do Povoado Pedreiras, na cidade de São Cristóvão será interrompido nessa quarta-feira (13).

Segundo o Serviço Autônomo de Abastecimento de Água e Esgoto, a interrupção  será realiza em virtude de uma obra de ampliação da rede.

A previsão é que os serviços sejam concluídos até sexta-feira e no máximo até sábado o abastecimento volte ao normal.
FONTE:  G1 SE

Procuradoria impede concessão indevida de seguro-defeso a pescador que possuía alternativa de subsistência

A Advocacia-Geral da União (AGU) comprovou, na Justiça, a obrigatoriedade do preenchimento de todos os requisitos previstos em lei para a concessão de benefício aos pescadores no período de defeso de espécie marinha.

Um profissional do ramo ajuizou ação pleiteando o recebimento do seguro-defeso, que equivale a um salário-mínimo, alegando que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) recusava indevidamente o pagamento do benefício.

A Procuradoria da União em Sergipe (PU/SE) conseguiu provar com depoimentos e documentos dos órgãos competentes que o pescador possuía meios alternativos de subsistência, impedimento que afasta a concessão do benefício, conforme previsto na Lei 10.779/03 e na Resolução MTE 657/2010.

Acatando os argumentos apresentados pela Advocacia-Geral, a 7ª Vara Federal dos Juizados Especiais da Secção Judiciária do Estado de Sergipe julgou improcedente o pedido do pescador afastando a possibilidade do pagamento do benefício.

A PU/SE é uma unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.

Ref.: Processo nº 0503383-35.2012.4.05.8502S - 7ª Vara Federal dos Juizados Especiais da Seção Judiciária de Sergipe
Fonte: Advocacia Geral da União

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

STF suspende todos defesos e Ibama de SE libera pesca

Pesca do camarão, peixes e caranguejo ficam liberadas

Pesca fica liberada por 120 dias (Foto: Ibama-SE)
Os defesos do camarão, caranguejo e peixe estão suspensos por 120 dias, após liminar concedida por Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão, as espécies continuam alvo dos pescadores mesmo em período reprodutivo. Em Sergipe, estava em vigor o defeso do camarão, que seguiria até o próximo dia 15, a pesca no Rio São Francisco também estava proibida, em decorrência do período conhecido como Piracema [em que os peixes se reproduzem], e neste domingo, 10, entraria em vigor a primeira fase do defeso do caranguejo.

Após notificado da liminar, o presidente do Ibama de Sergipe, Silvio Santos, já declarou que cumprirá a decisão. O gestor lamentou a decisão do STF e entende que os maiores prejudicados são as espécies. “É ruim, porque não se resguarda o período de reprodução e isso compromete a existência das espécies. É uma liminar que vai durar 120 dias e os prejuízos teremos que contornar após esse período”, afirma.

Com a liberação da pesca, o seguro-defeso, benefício pago aos pescadores durante a proibição também fica suspenso. Conforme o Ibama, a justificativa dada pelo STF para conceder a liminar seria refazer o cadastro dos pescadores que hoje tem direito ao seguro. O valor teria um impacto de R$ 1,6 bilhão no orçamento federal, e enxugar esse valor seria a principal motivação para suspender os defesos.

Por Ícaro Novaes e Raquel Almeida
STF mantém suspensão do período de defeso e de pagamento
Com o defeso, o preço do camarão sobe no mercado
Defeso do Camarão inicia nesta terça, 1º
Piracema: pesca é proibida por quatro meses
Governo cria grupo para revisar política de defeso
Governo suspende seguro-defeso por até quatro meses
Defeso da Piracema segue até o dia 28 de fevereiro
Defeso da Piracema tem início nesta sexta-feira, 1º
Pescadores são flagrados pescando no período da Piracema
FONTE: infonet.

sábado, 9 de janeiro de 2016

STF mantém suspensão do período de defeso e de pagamento de seguro a pescadores


Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, concedeu liminar que mantém a suspensão do período de defeso – quando a pesca é proibida – por até 120 dias, conforme portaria editada pelo governo federal em outubro do ano passado. Com a decisão, o pagamento do seguro-defeso também continuará suspenso.

A decisão foi tomada por Lewandowski em caráter de urgência devido às férias dos ministros do STF, e será analisada posteriormente pelo plenário da Corte.

O Supremo foi provocado a se manifestar sobre o assunto depois que o Congresso Nacional editou um decreto legislativo em dezembro sustando os efeitos da portaria. Com isso, o período de defeso deveria continuar em vigência, e, consequentemente, o pagamento do seguro-defeso. O benefício é concedido mensalmente a pescadores durante o período em que a pesca fica proibida com o objetivo de garantir a reprodução dos peixes.

Ontem (6), a presidenta Dilma Rousseff entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade questionando o decreto legislativo.

Ao analisar a ação, o presidente da Suprema Corte disse que os pescadores “não terão prejuízo ao deixar de receber o seguro-defeso, pois estarão livres para exercer normalmente suas atividades”. De acordo com a apreciação preliminar de Lewandowski, não houve inconstitucionalidade na portaria editada pelos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

“Se o defeso, segundo os técnicos, não deve persistir por não mais atender ao fim a que se destina, o recebimento do seguro também passa a ser indevido, ensejando a sua manutenção indevida, em tese, uma lesão ao erário”, escreveu o ministro na decisão, segundo a assessoria de imprensa do STF.

O presidente do Supremo manifestou ainda preocupação com os gastos de recursos públicos, já que a manutenção do pagamento do benefício poderia causar impacto de R$ 1,6 bilhão a partir da próxima segunda-feira (11).


Edição: Luana Lourenço