São Cristóvão - Sergipe
São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e foi a primeira
capital de Sergipe, foi fundada por Cristóvão de Barros, no dia 1º de
Janeiro de 1590, época em que Portugal estava sob domínio do Rei Felipe
II da Espanha. Tombada pelo patrimônio histórico nacional desde 1939,
São Cristóvão desenvolveu-se segundo o modelo urbano português, em dois
planos: cidade alta, com sede do poder civil e religioso, e cidade
baixa, com o porto, fábricas e população de baixa renda. O casario
guarda nas fachadas e nos telhados a divisão social do Brasil Colônia,
com os telhados representando cada grupo de poder. Os tribeiras, os
beiras e os eiras indicavam aos passantes quem ali morava. Se era rico
ou pobre, poderoso ou não.
Em 1637 foi invadida pelos holandeses, ficando praticamente destruída.
Em 1645, os holandeses são expulsos de Sergipe, deixando a cidade em
ruínas. No final do século XVII, Sergipe é anexado à Bahia e São
Cristóvão passa a sede de Ouvidoria. Nos meados do século XVIII, a
cidade é totalmente reconstruída. No dia 8 de julho de 1820, através de
decreto de Dom João VI, Sergipe é emancipado da Bahia, sendo elevado à
categoria de Província do Império do Brasil e São Cristóvão torna-se,
então, a capital.
No final da primeira metade do século, os senhores de engenho lideram um
movimento com o objetivo de transferir a capital para outra região,
onde houvesse um porto capaz de receber embarcações de maior porte para
facilitar o escoamento da produção açucareira, principal fonte da
economia na época. Em 17 de março de 1855, o então presidente da
Província, Inácio Joaquim Barbosa, transfere a capital para Aracaju.
As fotos, são de 2004.
De acordo com a Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, a cidade sofreu sucessivas mudanças até
firmar-se no local atual, à margem do Rio Paramopama, afluente
do Vaza-Barris. “A primeira transferência deu-se entre
1595 e 1596, por motivo de segurança contra possíveis
ataques dos franceses, que buscavam reconquistar o território
do qual foram banidos. E, como conheciam o Cotinguiba, poderiam
penetrar e surpreender a povoação num ataque fulminante”,
diz a Enciclopédia.
O novo local escolhido foi uma elevação
que ficava próxima à barra do Rio Poxim. A maioria
dos historiadores acredita que a segunda mudança de São
Cristóvão aconteceu antes de 1607. Não se sabe,
também, a causa da nova transferência, que desta vez
foi para bem distante, às margens do Paramopama. Depois que
estabeleceu as bases da capitania, Cristóvão de Barros
regressou para a Bahia em 1591, deixando a povoação
aos cuidados de Tomé da Rocha.
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